>
>
Novíssimos IV: Purgatório

Novíssimos IV: Purgatório

“Se quisermos, pois, ajudar as santas almas do purgatório, procuremos rogar por elas à Santíssima Virgem em todas as nossas

Foto da Catedral
Imagem Pixabay 

“Se quisermos, pois, ajudar as santas almas do purgatório, procuremos rogar por elas à Santíssima Virgem em todas as nossas orações, aplicando-lhes especialmente o Santo Rosário, que lhes dá grande alívio”. (Santo Afonso Maria de Ligório)

Ao nos aproximarmos de Deus, devemos estar limpos, sem apegos e maduros, portanto necessitamos de purificação. “Senhor, quem irá hospedar-se em tua tenda? Quem há de morar em tua montanha santa? Quem tem conduta perfeita e pratica a justiça…” (Sl 15). Nossas experiências terrenas nos tornam maduros, algumas são as maneiras que Deus nos corrige e fortalece. “É para serem educados que vocês sofrem, porque Deus os trata como filhos. Qual é o filho que não é corrigido pelo pai?” (Hb 12,8). 

Os fiéis que morrem na graça e reconciliados com Deus, mas não plenamente purificados, são submetidos ao Purgatório, que se trata de uma purificação com o objetivo de alcançar a santidade para adentrar ao Céu. “Nela (cidade celeste) jamais entrará qualquer impureza, nem os que praticam abominação e mentira. Só entrarão aqueles que tem o nome escrito no livro da vida do Cordeiro” (Ap 21,27).

A Teologia do purgatório se baseia em dois princípios: o da santidade divina e o da responsabilidade humana. O princípio da santidade divina nos diz que o encontro com Deus exige a santidade do amor, sendo assim o purgatório é uma exigência para esse amor. Para chegar até Deus, o ser humano precisa de uma grande transformação. O princípio da responsabilidade humana sinaliza que no encontro com Deus deve haver reciprocidade, isto é, uma resposta de amor do homem também.

O Purgatório é um dogma de fé da Igreja. Ele não é um lugar, mas uma situação espiritual de purificação. É uma graça que Deus proporciona para nos purificar e nos encontrar com Ele. Podemos dizer que é uma mistura de arrependimento com desejo de encontrar-se com Deus, dor e felicidade, um processo de cura e libertação. Santa Catarina de Gênova afirma que após a alma ter visto Jesus no juízo particular, ela adentra ao Purgatório e percebe quão indigna é da salvação e ali tudo suporta para tornar-se pura e digna do amor do Senhor. O Purgatório não é o castigo dos condenados, mas a purificação final dos eleitos.

A morte não exclui o fiel da comunidade, devemos rezar pelos falecidos, principalmente na Santa Missa. Desde o início, a Igreja honrou a memória dos fiéis defuntos, oferecendo-lhes sufrágios em seu favor. “Mas, considerando que existe uma bela recompensa guardada para aqueles que são fiéis até a morte, então esse é um pensamento santo e piedoso. Por isso, mandou oferecer um sacrifício pelos pecados dos que tinham morrido, para que fossem libertos do pecado” (2Mc 12,45-46). A Igreja triunfante, a Igreja padecente e a Igreja militante formam uma só Igreja, isto é, vivem a comunhão. A Igreja também recomenda a aplicação das indulgências, penitências e esmolas em favor dos falecidos.

 

Pe. Luiz Rogério Gemi
Curso Teológico Pastoral D. Francisco Manoel Vieira
Paróquia Nossa Senhora das Graças – Carapicuíba

Compartilhe

Outras Notícias

Diocesanas

Giro Regional

Diocesanas, Jubileu 2025, Notícias, Região Ibiúna, Regionais
Diocesanas, Jubileu 2025, Notícias, Região Carapicuiba, Regionais
Diocesanas, Jubileu 2025, Notícias, Região Cotia, Regionais

Notícias relacionadas

RCO - Programas

05 de novembro de 2025

RCO - Programas

05 de novembro de 2025

RCO - Programas

05 de novembro de 2025