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Campanha da Fraternidade: Por Que Falar em Diálogo?

Campanha da Fraternidade: Por Que Falar em Diálogo?

A Igreja Católica no Brasil, por iniciativa da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, todos os anos desde 1964, especialmente

Foto da Catedral

A Igreja Católica no Brasil, por iniciativa da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, todos os anos desde 1964, especialmente no tempo litúrgico da Quaresma, propõe aos fiéis a promoção da Campanha da Fraternidade cujo itinerário sugere a vivência concreta da caridade em âmbito comunitário. Realizada nas dioceses, paróquias e comunidades, ao longo de 57 anos abordou em seus temas diversos assuntos relevantes na atualidade do tempo. Já propôs como princípio as paróquias (CF 1965), as vocações (CF 1972), a família (CF 1977), a saúde (CF 1981), o trabalho (CF 1991), a pessoa idosa (CF 2003), a defesa da vida (CF 2008), os biomas brasileiros (CF 2018), entre outros temas importantes. Em 2021, realizada de forma ecumênica, traz o lema que afirma, “Cristo é a nossa Paz: do que era dividido fez uma unidade” (Ef 2,14a) e como lema: “Fraternidade e diálogo: compromisso de Amor”.

Nesse sentido, é interessante notar que Deus ao criar a pessoa humana o dotou da capacidade de se comunicar. Comunica-se consigo mesmo por meio da memória e da imaginação, com o outro através da linguagem, com o mundo por meio das artes e, de forma sobrenatural, com o próprio Deus pelos sacramentos e práticas de piedade. Do bebê no ventre materno, à pessoa centenária em últimas vias, o ser humano se comunica, e é isso que o distingue dos outros seres vivos. Fomos criados para comunicação, precisamos do diálogo, é uma necessidade do ser. Em verdade, da pólis grega aos tribunais romanos, dos evangelhos às epistolas apostólicas, dos últimos tempos até os nossos dias, a prática do diálogo é aquela característica essencialmente humana de comunicação. O diálogo é, portanto, a forma mais excelente de se comunicar. No entanto, desvirtuado de seus fins, pode ser negativo e ineficaz se for baseado em apresentações unilaterais de ideias e coisas ou em ideologias de massa. Sem a prática concreta do diálogo, fatalmente podemos entrar nas vias do debate, do conflito e da tirania. 

Por isso, “na caminhada quaresmal em vista da Páscoa, memória da crucificação e ressurreição de Jesus, a CFE 2021, com seu objetivo geral, convida as comunidades de fé e pessoas de boa vontade a pensarem, avaliarem e identificarem caminhos para superar as polarizações e violências através do diálogo amoroso, testemunhando a unidade na diversidade”.

A Campanha da Fraternidade Ecumênica de 2021, entende o diálogo como uma forma de comunicação, em que ambas as partes estão dispostas a solidificar a unidade e a paz. Vamos dialogar. Eis o nosso desafio!

Samuel Elias Netto
Síntese Vocacional

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